Mais uma semana passou e vou confessar que ela não foi muito boa. Não que tenha acontecido coisas muito graves, mas sabe aqueles dias chatinhos, que custam a passar e as coisas não andam.....pois é, havia planejado um monte de coisas legais pra fazer e derepente parece que nada dava muito certo. Até idéias de posts pro blog vinham na minha cabeça, só que eu simplismente não conseguia sentar para escrever; ora por falta de tempo, ora por falta de vontade mesmo.
Aí o que aconteceu?
Quarta-feira eu cheguei a pedir a Deus ajuda para que meu ânimo voltasse ao meu corpo e que não deixasse a "peteca cair", tá bom, vamos ver o que pode ser feito.......
Quarta à noite fui pra minha aula de Ética e Cidadania, disciplina que eu estou meio que me arrastando, mas coragem, falta pouco. Acontece que a aula nesse dia foi especial e o professor falou sobre "Qual o sentido da vida". Claro que ele não veio com a receita pronta, mas abriu na minha cabeça, e me fez pensar, a respeito da vida(minha vida), e com isso tentar resgatar, sempre, a alegria de viver, principalmente nos momentos difíceis.
Posso dizer que esse professor tem motivos de sobra pra estudar sobre isso, pois brevemente ele falou de algumas fatalidades da vida dele (teve gente que saiu chorando da aula). Ele teve um irmão que morreu naquele acidente da TAM em 2007 e a mãe dele morreu 14 dias depois que soube da notícia. E pelo que entendi ele havia perdido mais dois irmãos antes desse. Agora diz, qual mãe aguentaria isso tudo?
Saí da aula me sentindo a mulher mais abençoada desse mundo e a partir daí tentei enxergar minha vida com outros olhos.
Mas a história não acaba aí, e sabe que lá em cima tudo vê e tudo sabe, então na quinta-feira levei um chacoalão(mexida, cutuada, rasteira, como queira) e o Cristiano teve um febrão enorme 40o, o guri delirava de febre e o antitérmico demorou para fazer efeiro. Engraçado, nesse momento eu achei rapidinho um sentido para minha vida: Ver o meu filho com saúde denovo, brincando e feliz!" Nesse momento os problemas que eu criei na minha cabeça ficaram minúsculos. Sim porque eu sou uma mãe neurótica e eu já estava pensando em dengue, gripe A, gripe A mutante, e tudo que podia ter direito.
Mas graças a Deus não era nada disso, era garganta. Antibiótico nele e a febre foi embora!
Calma, não acabou, ontem a Amanda, eu e o maridon ficamos gripados, só pra reforçar, talvez pra eu dar mais uma valorizadinha na saúde né?
E hoje? Hoje estou me reorganizando novamente, buscando energia pra cumprir minhas obrigações que eu acabei deixando de lado, mas tudo devagar.......saboreando a vida e tudo o que ela tem de bom.
Um ótimo final de semana e não esqueçam de buscar todo dia um sentido para sua vida!
Sei que tudo isso não tem diretamente a ver com religião, nem gosto de discutir isso, mas não custa nada refletir cobre este texto que gostei e trago para quem se interessar em ler:
O sentido da vida
José Argemiro da Silveira
de Ribeirão Preto, SP
"Prossigo para o alvo" - Paulo (Filipenses, 3:4)
A revista VEJA publicou, na última semana de setembro/99, matéria sobre uma pesquisa feita nos Estados unidos. Nessa pesquisa foi perguntado o seguinte: Se a pessoa estivesse na presença de Deus, e se ela pudesse Lhe fazer apenas uma pergunta, o que indagaria. Quarenta e seis por cento dos entrevistados responderam que perguntariam: "Qual o sentido da vida". Isto mostra como há muitas pessoas que não sabem qual a finalidade da vida; não sabem porque vivem. A vida para elas não tem significado. As conseqüências disso são fáceis deduzir. A vida fica vazia; a pessoa não se auto-realiza, não se sente feliz, podendo até chegar a distúrbios psicológicos e mesmo comportamentais.
Entretanto, Jesus nos ensinou claramente qual é o sentido da vida, informando-nos que somos seres imortais, e que vivemos para realizar a nossa própria evolução espiritual. que ele chamou de edificar o reino dos céus no nosso íntimo. O Espiritismo recorda e explica os ensinos do Mestre, esclarecendo-nos que a vida terrena não é um fim em si mesma, mas um meio, cujo fim é desenvolver a potencialidade do Espírito. Para isto, o Criador nos dá tarefas compatíveis com a nossa capacidade, ou seja, de acordo com o nosso grau evolutivo. Ao realizarmos essas tarefas, trabalhamos para nossa evolução espiritual. Todos possuímos um papel a desempenhar, nesse grande palco que é a Terra. Qualquer que seja o grau evolutivo, desde o menos evoluído, até o mais adiantado dos espíritos aqui reencarnados, todos possuímos um trabalho, uma tarefa, pequena ou grande, sempre adequada a nossa capacidade, e de acordo com nossas necessidades evolutivas. Descobrir a nossa missão, e realizá-la bem, constitui fator importante para nos auto-realizarmos e nos sentirmos felizes - a felicidade que o nosso estágio evolutivo comporta.
Pestalozzi ensinava que o ser humano possui três aspectos: o natural, o social, e o ético, ou espiritual. Não basta educar o indivíduo para atender suas necessidades no plano natural (biológico, próprio de todos os animais), nem prepará-lo para a vida social somente, embora seja um ser gregário. Não basta atender suas necessidades de cidadão, os chamados direitos da cidadania. Importa atender também o aspecto ético, espiritual. A doutrina Espírita estabelece que somos Espíritos, animando temporariamente uma carne. Temos anseios, ideais que transcendem a matéria, pois há em nós qualidades a serem desenvolvidas. Nossa meta é a perfeição relativa. Para isto e para a felicidade fomos criados, cabendo a cada um o trabalho de realizar esse evolver, o desabrochamento de nossas potencialidades.
Há pessoas que julgam ter encontrado o sentido da vida na conquista dos valores transitórios da existência física. Porém, mais cedo ou mais tarde vão percebendo que esses valores (dinheiro, poder, saúde, fama, prestígio) não guardam a importância que julgavam. E como não temos controle sobre esses valores, cedo ou tarde sofremos a perda deles, por várias maneiras. E há muitas pessoas que experimentam tantas dificuldades, não conseguem amealhar os valores materiais e se consideram injustiçadas, infelizes. Entretanto, se nos interessarmos em nos informar acerca dos ensinos de Jesus e da Doutrina Espírita, e não ficarmos só na teoria, buscando aplicá-los na vida diária, iremos compreendendo quem somos, e qual o sentido da vida. Não importa se o indivíduo é rico ou pobre, culto ou de poucos conhecimentos sobre as coisas materiais; se é sadio ou doente, desta ou daquela raça, todos somos filhos de Deus criados iguais, subordinados às mesmas leis, e destinados a uma só meta: a perfeição relativa e a felicidade.
Quando Paulo escreveu aos filipenses a frase citada de início possuía grande experiência do apostolado. Doutor da lei, autoridade de prestígio, renunciou a tudo para seguir os ensinos de Jesus. Enfrentou dificuldades imensas, como o abandono dos próprios familiares, o insulto dos ex-amigos, sendo banido do meio social onde vivera até então. Passou a se dedicar ao trabalho duro, vivendo com extrema simplicidade; dava tudo de si em favor do ideal que abraçara. Apesar de todas as dificuldades, prosseguia, firme, para o alvo, ou seja, para Jesus, realizando sua evolução espiritual, através do serviço ao próximo.
Reflitamos o que se passa conosco. Recebemos os ensinos através dos livros, dos irmãos mais evoluídos, dizemos aceitar, mas geralmente ficamos nas palavras. Procedemos como o operário que foge ao trabalho. Como árvores que só produzem folhas, ou, quando muito, flores, mas não chegam aos frutos. Não fazemos aquilo em que dizemos acreditar. Porém, somos o que fazemos, e não o que falamos. Alguém afirmou, com propriedade, que perdemos o endereço de Deus. Para encontramos esse endereço, devemos buscar a nossa tarefa, encontrar o lugar em que podemos ser úteis, participar, e não ficarmos na posição de choramingas, só querendo receber. Alguns procuram sua missão, mas parece que procuram para não achar. A pessoa não quer se envolver, assumir compromissos, "vestir a camisa" das boas causas. Cabe a cada um de nós buscar sua missão, e encontrará o sentido da vida, sua auto-realização, a felicidade que tanto almeja.
(Jornal Verdade e Luz Nº 167 Dezembro de 1999)
Um beijo da família cof, cof!